Queimando ao Vento

Assisti sexta-feira (06/04) Queimando ao Vento na Mostra Internacional de Cinema na Cultura [todas as sextas, às 22:40hrs].

Minha irmã jurava que eu já tinha assistido. Mas, como eu poderia esquecer esse filme? De uma beleza tão sutil e melancólica...

Conta a vida de Tobias, desde sua infância à sua tediosa rotina de imigrante empregado numa fábrica de relógios. Filho de uma prostituta, foge para a Suiça, onde muda de nome, logo após ter tentado matar seu professor e pai, que não assumia a paternidade.
Sua única motivação pra continuar a viver é um dia encontrar Line, colega de escola, que ele traz na mente como a mulher perfeita. Por uma coincidência do destino, ela passa a trabalhar na mesma fábrica que ele e, mesmo sabendo que ela é casada e tem uma filha, além de ser sua meia irmã (são filhos do mesmo pai), ele acredita na possiblidade de tê-la ao seu lado, e assim Tobias encara um retorno à sua verdadeira identidade, que ele havia deixado a muito tempo em algum lugar do leste da Europa.


O filme é uma adaptação do livro "Ontem" de Agota Kristof, escritora nascida na Hungria em 1935, foi para a Suiça em 1956, onde trabalhou como operária numa fábrica, como muitos imigrantes mostrados no filme. Já teve 4 livros traduzidos e lançados aqui no Brasil.

...vou pra Bienal do Livro só pra procurar livros dela...