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Seguindo a ordem da minha agenda, esse é o post sobre um dos melhores dias que o DEP já viveu. Dia 12, aniversário de Bruno. Começou uns dias antes, arquitetando o plano e colocando-o em prática. Admito que somos pouco criativos em matéria de aniversários, essa coisa de ser surpresa não vai funcionar pra sempre, os outros DEPs já sabem o que esperar. [penso em um jogo de paintball ou perda coletiva de dignidade na buatchy pros próximos]

No dia anterior todos na casa de Ká pra almoçar [e quando digo almoçar na casa de Ká, significa ALMOÇAR de verdade], gravar os cds pra preencher o case que compramos (cada cd com um tema diferente: acordar, dirigir, bailar, banheiro, dar pinta, estudar, chuva, fuck music, soundtracks e para lembrar o DEP) e decorar o bolo, no melhor da vibe 'cake design'. Foi uma das coisas mais legais que já fizemos juntos: bagunça na cozinha!


Dia seguinte de manhã: a bagunça da vez foi na cozinha da minha casa [e um dia deixaremos a mãe de alguém louca com as coisas que inventamos]. Nunca vi tanto legume cortado em cubos na minha vida! E sou vegetariano!

[off] Sabem porque tenho um blog? Tenho péssima memória. Horas e horas tentando lembrar dos detalhes e do que tinha pensado em escrever.[/off]


Já na casa de Bruno, surpresa feita, churrasco, crééééu, coreografias da Madonna e dublagem de Amor e Poder. Praia. Dessa vez todos juntos.


Não sei bem como dizer o que esse dia significou pra mim, pros outros menos ainda. Mas algo mudou. A ficha de alguma coisa caiu, começamos a reconhecer o alto nível de dependência. Não lembro de conversas desse tipo antes, talvez as coisas fossem menos formais, apesar de já falarmos frequentemente de amor e saudade.
Eu nunca tive muitos amigos, não era O Anti-social, só não conseguia enxergar o que as pessoas tinham a oferecer. Do ginásio não sobrou ninguém. No ensino médio que conheci alguns amigos, são do tipo meses longe, mas quando nos encontramos parece que nos vemos sempre.

Encontro o DEP todo dia (nos fim de semana também) e tenho muito medo da distância. Confesso algo aqui, afinal esse blog é meu: medo da distância também significa, além de sentir saudade, não saber se isso será da mesma forma quando o tempo não nos favorecer mais. Não sou pessimista, mas não consigo evitar, e isso não é exatamente descrença. É algo novo, tantos amigos, tantas pessoas pra dividir a vida, pra falar "não estou feliz", pra esperar no msn, pra telefonar... aproveito cada dia. Isso é mega clichê, eu sei, mas não tem outra forma de dizer. Há sim outras coisas pra dizer: estou investindo, tenho pena de quem não tem isso, amo cada um e nos amo pra caralho.

E isso foi a coisa mais EMO que escrevi na vida. Podia ser mais subjetivo ou mais claro, mas é o que tem pra hoje. A vida é apenas 3 dias, dois já passaram, o futuro é agora, com o DEP caminhando de mãos dadas para a plenitude. [e vocês nunca leram tanta filosofia Vizcayniana num parágrafo só]



Voltando a descrever o dia, já de noite, terminando com fire poi, na praia deserta com luz da lua. Voltando pra casa, todos no mesmo ônibus, eu carregando um saco enorme com panelas e vasilhas plásticas, fui o primeiro a chegar. Desci e fui andando pra casa. Ainda vendo o ponto de ônibus e o Brotas lá com passageiros subindo, parei e fiquei esperando ele passar por mim só pra fazer o coraçãozinho com as mãos. Mas o ônibus estava cheio e não os vi. Nem o contrário.