#443

Amanhã não vou passar nem perto do computador e já estão avisados. Eu nem tenho nada de muito incestuoso pra escrever hoje, apesar me lembrar de duas ou três coisinhas pra registrar. Daqui a pouco vou escrever no meu diário de papel, o pra aula de psicologia da percepção, que me faz ficar com vontade de escrever diários sobre todos os dias. Parece feminino e infantil escrever diários, nunca conheci um cara que os apreciasse - tirando os que tinham tara em ler o diário alheio.

Lembro de uma ou outra história de vidas sociais destruídas por coisas escritas em diários e essa deve ser a maior razão pra nunca colocar o que penso num papel. É chave de cadeia. Por aqui surge uma ou outra coisa que pode prejudicar ou chatear alguém, mas no fundo ninguém pode provar nada. O que me dá segurança é saber que vocês que por aqui passam nunca vão saber exatamente do que falo. Por mais que pareça claro e óbvio, nem sempre é. Até as histórias que escrevo, ninguém pode garantir a veracidade.

E é tão legal brincar com vocês que acreditam em tudo que leêm. Falando assim até parece que sou mentiroso compulsivo psicopático, o que, nem sempre, estou. Quando leio os post no arquivo tenho a impressão que não sou eu, que não vivi o que contei, que não foi daquele jeito, e nem lembro de outras coisas. Sempre me flagro na dúvida...