#504

Pérolas familiares parte I:

Quatro da madrugada e minha irmã aparece na sala - eu estava passando o tempo no youtube:

- Tem alguma coisa no quarto fazendo barulho. Acho que é uma barata.
- Tá, vamos procurar... - que irmão prestativo eu sou!

Ficamos olhando da porta do quarto, para ter uma visão ampla, esperando qualquer movimento suspeito. E nós a vimos, uma barata chamada Free Willy de tão grande.

- Ana, prestenção onde ela está que vou buscar o Baygon. - e fui na cozinha pegar o inseticida - Cadê a barata Ana? Cadê?
- Sei lá... estou sem óculos...





Perólas familiares parte II:

Eu passando pela cozinha, meu pai olha pra mim com cara de criança que acaba de fazer besteira e mostra a bermuda, toda suja de pó de café úmido.

- Puxa Pai! Deixe que eu limpo o chão. Vá se limpar... - e chamei Ana pra me ajudar a desaparecer com a sujeira na cozinha antes que minha mãe visse.

Meu pai, depois de tudo arrumado:

- Estou ficando velho... derrubando e sujando tudo...
- Relaxe... eu e Ana sempre estaremos aqui pra te limpar. Ops! Pra limpar o que você sujar...





Pérolas familiares parte III:

- Mãe, você se imagina grávida, correndo sem sutiã? - Ana pergunta.
- Não. Deus me livre... - Mamãe responde.
- Mãe, mas você usava pomada de cacau, né? Pra não partir a pele... - Eu, metendo-me na conversa.
- Pomada de cacau? Não! Usava óleo de amêndoas... - Mamãe corrige.
- Alberto não entende nada de gravidez - Ana conclui.
- A experiência mais próxima de gravidez que já tive foi assistir o filme Juno. Sete vezes. - Eu, com ar de superioridade.
- E os documentários que passavam no colégio? Sobre gravidez na adolescência? - Ana recorda.
- Tudo mentira Ana. Tudo mentira. Não acredite em nada. - E eu, dono da verdade.